Vejo uma sombra, um corpo uma dama,
A qual me acompanha, me envolve me assanha,
A qual me devora me suga me arranha
Uma bebida calma e doce, uma dose apenas em que me sacia,
A tal que eu me deito,
Esqueço os defeitos,
A tal que é dama, me aquece
A tal que me traz um jeito fugaz,
Os beijos mais doces, o corpo mais quente, o riso mais louco,
De quem me alimento,
Mesmo em pensamento
Alma, boca, pele, dose única, que me insere sabor e cor, desperta o estranho ao leito de amor,
Dama, mulher, como outra qualquer,
Como eu, como aquela, como uma aqui ou ali,
Como um sexo ou reflexo, como tempo ou relento,
Como fúria ou dor, este corpo a qual só a este me dou,
É meu corpo pro amor,
É meu corpo de amor,
Seja este o corpo que for.
É o corpo do meu amor.
À minha mulher.
Por Hádala Lopes
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